a
performance-instalação registrada nas fotos refere-se à obra "trouxas
ensanguentadas", realizada por Arthur Barrio em 1969, no MAM, e repetida
por mais duas vezes em 1970. Barrio vagou silenciosamente pelas ruas do
Rio, com trouxas de pano que continham lixo, carne e ossos. eis o
brasil nos anos de chumbo.
meu pai, que era militante político no período, foi preso e torturado - não uma, mas duas vezes - e viu os seus serem torturados, estuprados e assassinados pelos militares e civis apoiadores do golpe. uma a uma, as figuras de cada retrato foram desaparecendo, dando lugar ao branco insuportável das paredes.
não posso deixar de pensar, também, no gozo dos cidadãos boilesen, cujas pupilas dilatavam de prazer ao assistirem as sessões de tortura no doi-codi. estaria um pouco do sêmen de tais empresários também nas trouxas de Barrio? estaria um pouco do sêmen desses senhores nas ruas de hoje?
o digníssimo exército invadirá 15 favelas da maré essa semana.
Homenagem que me foi prestada por meu filho THYAGO MARÃO VILLELA, Sociólogo e Pesquisador e Critico de Arte, Mestrando na USP.
Homenagem que estendo a todos e todas que tombaram por viverem o sonho de um País mais justo.
Filho, porque tu nasceu, tudo se redime. Eu te amo. Beijos.
meu pai, que era militante político no período, foi preso e torturado - não uma, mas duas vezes - e viu os seus serem torturados, estuprados e assassinados pelos militares e civis apoiadores do golpe. uma a uma, as figuras de cada retrato foram desaparecendo, dando lugar ao branco insuportável das paredes.
não posso deixar de pensar, também, no gozo dos cidadãos boilesen, cujas pupilas dilatavam de prazer ao assistirem as sessões de tortura no doi-codi. estaria um pouco do sêmen de tais empresários também nas trouxas de Barrio? estaria um pouco do sêmen desses senhores nas ruas de hoje?
o digníssimo exército invadirá 15 favelas da maré essa semana.
Homenagem que me foi prestada por meu filho THYAGO MARÃO VILLELA, Sociólogo e Pesquisador e Critico de Arte, Mestrando na USP.
Homenagem que estendo a todos e todas que tombaram por viverem o sonho de um País mais justo.
Filho, porque tu nasceu, tudo se redime. Eu te amo. Beijos.
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