domingo, 15 de agosto de 2010


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Tenho a satisfação de apresentar a Capa do Volume I do Dicionário "Filosofia sem Mistérios". Obra que custou árdua labuta, mas que foi realizado com enorme gosto, pois o tema é fascinante. Espero sinceramente que seja do agrado de todos (as)




 
Poema em "L"

Por onde estivestes moça do Cristal
e  Poesias no quintal?

Por meio século andei
e, então, eis que te achei.
Agora, venha na próxima brisa,
pois só tu suaviza
esse gosto de abandono
e de morte sem dono.

De ti, ainda pouco sei.
Exceto que irei
fazer-te lema
e tema,
de Lucia Poema.
 

7 de Setembro

Em 1.500 dC., certo marujo teve a primazia
de avistar essa terra de Santa Maria.
Junto, chegaram capitães, soldados e padres em romaria.
Acharam-se no El Dourado, lugar d`ouro, prata e especiaria.

Com a primeira missa, fixou-se a intenção: pilhar nunca seria em demasia.
À segunda seguiu-se a ação: domar os nativos e extinguir a selvageria.
Domados e reduzidos a lacaios daquela confraria,
viram os brasileiros que nem Tupã escaparia.

Mas como isto não bastava na terra da Sesmaria,
rumaram para África e foi a vez do negro pagar por sua heresia.
Qual heresia? Aquela de ter um deus que lhe sorria.
Tomaram-lhe a liberdade, a dignidade e o que mais havia.
Mudaram-lhe até o Deus. Olorum já não se lhe permitia.

Porém, certo dia, certo Napoleão, colocou a Corte em correria
e para cá mudou-se a realeza. A contra gosto todavia.
Contudo, sem opção, estabeleceu-se o reino nessa freguesia,
até que Bonaparte também passasse. Alguns ficaram. Talvez à revelia.

Nas Minas, certo dentista perdeu a cabeça por ousadia.
Sabia o gajo que a Liberdade é a Mais-Valia.
E como tantos outros ousaram esta doce utopia,
não nos queixemos, pois sempre houve quem lutasse contra a vilania.
Rolaram cabeças e amores, mas veio o que tanto se queria:
declarou-se a Independência, ainda que olvidassem da efetiva alforria.

Governos diversos. Ditadura perversas. Até Democracia;
ainda que se esquecessem de acabar com a triste fantasia
de esconder o horror da miséria e expor a falsa alegria
dos bobos das Cortes. Será uma simplória miopia?

Quem sabe? Talvez um dia ...
E assim vamos indo nesta triste calmaria ...
Patética travessia! Para alguns, somos os reis da folia ...

Armada a lona, o palhaço autêntico que há tempos não se via


pergunta: tem Marmelada? Têm sim sinhô! É a corrupção que propicia.


Têm latifúndio? Têm sim sinhô! É uma mania.


Têm prostituição infantil? Têm sim sinhô! Turistas gostam de pedofilia.


Têm injustiça social? Têm sim sinhô! É de Deus. É de serventia.


Têm nepotismo? Têm. Mas não fale moço. Ainda lembro da “Otoridade” que me batia.


Têm trabalho escravo? Têm . . mas não fale. Eu nem sei o quanto lhes devia.


E político que se julga patrão e não funcionário público? Tem, por causa da nossa covardia.


Mas não fale . . . sabe como é moço . . . era a ele que eu me vendia.

E agora, seleta platéia, têm solução?
Sei não!
Quem sabe alguém nos auxilia?
Já se fala em CPI, em Rigoroso Inquérito para acabar com esta aleivosia.

Não adianta caro Palhaço que se chama Eu. É só mais uma hipocrisia.
É que são tão poucos os que exercem a quase extinta cidadania.
Até eu, aprendiz inepto de poeta, submeto-me à nova tirania
chamada de Globalização; aquela que uniformiza a minha história, a minha poesia
e que rouba a minha identidade. O que sou e por onde ando já nem sei.
Também ignoro aonde, porque e como errei.

O diabo é que não raro, ao pensar no “7 de Setembro”,
pego-me dizendo que é o “Independence Day”.


Certidão de Propriedade Intelectual emitido pela BNRJ - EDA

para a obra "Filosofia sem Mistérios"

sábado, 14 de agosto de 2010

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MENÇÕES e PRÊMIOS LITERÁRIOS

1 - Contos Selecionados - "A Valsa" e "Deus, o Homem e o Vinho" - selecionados pelo Projeto "Pontes Culturais" para a Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, em Setembro/Outubro 2010

2 - "Lilian em Versos"obra classificada na seletiva para a Editora Francesa "L'Harmattan". França. 2010, através da "Pontes Culturais".

3 - Escolha do Livro "Sobrevivendo com o Câncer" pela Biblioteca Pública do Estado do Paraná, Curitiba, para digitalização e uso de deficientes visuais, em 2006

4 - Indicação/Seleção do Blog "Filosofia sem Mistérios" ao Premio Top Blog 2010.

5 - No WebSite - http://www.worldartfriends.com/ Portugal, na categoria "Poesia Masculina Revelação", em 2009, pelo conjunto da obra

6 - As Melhores Poesias de 2009 - Ed. CBJE - Brasil, com a poesia "Solidão em Amarelo", em 2009

7 - Antologia II - Ed. CORPOS, Porto, Portugal, com o poema "Aquecimento Global" em 2009/2010

8 - Escolha do soneto "Poesia, rima e vida" para a Antologia 67 da "Câmara Brasileira de Jovens Escritores" em Julho/2010

9 - No Concurso Comemorativo ao Centenário de Franklin Cascaes - Santa Catarina - Brasil, com o poema "Poesia, Rima e Vida", em 2009

10 - Rotary Club/ EE. Profª Judith Ferreira Legaspe - tornado membro honorário e menção honrosa pela contribuição à Cultura em 2001 e 2002

O 10º Andar

Colibri
ou bem-te-vi,
ainda ontem falei de ti.



Contei a um dos meus fantasmas
o quão próximo tu estavas
e que por pouco não te segui.
Seria fácil justificar-me: cai.



Alguns sentiriam, talvez.
Algumas cuidariam dos papeis da invalidez.
Outros continuariam o jogo de xadrês,
comprado nessas lojas de chinês.



E no fim tudo voltaria ao pré-Fábio
como ensina qualquer alfarrábio.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

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MENÇÕES e PRÊMIOS LITERÁRIOS

1 - Contos Selecionados - "A Valsa" e "Deus, o Homem e o Vinho" - selecionados pelo Projeto "Pontes Culturais" para a Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, em Setembro/Outubro 2010

2 - "Lilian em Versos"obra classificada na seletiva para a Editora Francesa "L'Harmattan". França. 2010, através da "Pontes Culturais".

3 - Escolha do Livro "Sobrevivendo com o Câncer" pela Biblioteca Pública do Estado do Paraná, Curitiba, para digitalização e uso de deficientes visuais, em 2006

4 - Indicação/Seleção do Blog "Filosofia sem Mistérios" ao Premio Top Blog 2010.

5 - No WebSite - http://www.worldartfriends.com/ Portugal, na categoria "Poesia Masculina Revelação", em 2009, pelo conjunto da obra

6 - As Melhores Poesias de 2009 - Ed. CBJE - Brasil, com a poesia "Solidão em Amarelo", em 2009

7 - Antologia II - Ed. CORPOS, Porto, Portugal, com o poema "Aquecimento Global" em 2009/2010

8 - Escolha do soneto "Poesia, rima e vida" para a Antologia 67 da "Câmara Brasileira de Jovens Escritores" em Julho/2010

9 - No Concurso Comemorativo ao Centenário de Franklin Cascaes - Santa Catarina - Brasil, com o poema "Poesia, Rima e Vida", em 2009

10 - Rotary Club/ EE. Profª Judith Ferreira Legaspe - tornado membro honorário e menção honrosa pela contribuição à Cultura em 2001 e 2002

Antologias nas Editoras: Pensata, Scortecci, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, Corpos Editora (Portugal), Pontes Culturais (Feira de Frankfurt 2010 Alemanha e L'Hamartann, França)

Meio Século 

A velha casa, sombra e resquícios de antigos pomares.
Contas vencidas, arranjos tubulares;
algumas mortes, silêncios tumulares.
Telescópios e inúteis buscas estrelares,
sonhos de deuses. Seres dos ares.
Sonhos de circos. Lantejoulas e malabares,
sonhos de Ufos, quando ainda nem se falava nos Quasares.
Sonhos de Olimpo, de Ambrosia e doutros manjares.
Sonhos de solidão. De longínquos mares.
Sonhos de normalidade. De outros lares.


Sonhos de infância. A magia dos magiares.



Alguns amores, alguns jogos. Tantos azares.
Tantos impares e tão poucos pares.
Velhos filmes, velhas gares.
Alguns porres em tantos bares.
Tanta faxina, meu Deus. Frios azuis, quase polares.



Realidades de adolescência. Cotidianos esgares.



Tanto Marx, tanto Drumonnd, tantas Minas e alguns Calabares.
Toscas rimas, versos circulares.
Desilusões, realidades imperiosas, certos pesares.
No fim, a soma de frágeis alegrias, menos alguns penares.
Máscaras e gravatas que condenam a sempre estares.



Condenação de adulto: como Ahsvareus, sempre caminhares.



A força das pernas se foi, mas ainda existem alguns andares.
Passos irregulares nesses dias singulares.
Tempo em que todos os desejos são vulgares.
E foi assim que meio século passou...

Março

Sobrou apenas um triste retrato
do Poder caricato.
Onde o tirano de outrora,
cujo busto já embolora?



Tão noite, tão escura.
Tantos horrores sem censura.
Tétrica Bastilha que ainda perdura,
naquele que lhe sofreu a tortura.



Em qual lixo ficou a "Redentora"?
Matriz reprodutora
de sádicas sanhas
e covardes manhas.



Por que a deixamos existir?
O que se esperava do porvir?



Hoje se assiste
quem passeia pela Democracia,
indiferente ao preço pago
por aqueles heróis sem Aéropago.



"Caminhante*, não há caminho..."
nem como fazê-lo,
pois a água não tem cabelo
e afogar é o que resta
nesse pobre fim de festa.
                           
                                                                        Por Beth.
* Da poética de Antonio Maria


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